Viagem ao país dos fumetti

Viagem ao país dos fumetti

Pouco mais de quatro meses atrás fui transferido para Roma, por motivos profissionais. Na hora em que comecei a tomar todas as providências práticas para a mudança ainda não tinha me dado conta, mas pouco antes de embarcar caiu a ficha de que estava prestes a morar numa das mecas do quadrinho na Europa. Sim, para quem não sabe, a cultura de quadrinhos na Itália é uma tradição estabelecida já há várias décadas. Fumetti – que é como os quadrinhos são conhecidos por aqui – são uma forma de arte largamente disseminada e é possível encontrar pessoas de todos os tipos consumindo e lendo em tudo quanto é lugar, especialmente nos meios de transporte. Aos poucos fui percebendo que tinha tirado a sorte a grande. O país é realmente um paraíso para os apreciadores da nona arte.

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As 31 melhores leituras da Raio Laser em 2018

As 31 melhores leituras da Raio Laser em 2018

Direto ao ponto, porque esse post é uma "long and winding road". Quem segue a Raio Laser sabe que nosso "best of" de fim de ano corresponde às melhores leituras em quadrinhos, de qualquer época ou nacionalidade, realizadas no decorrer dos últimos 12 meses. Como a Raio é um bicho solto, cada escriba faz a sua lista do jeito que quiser, isso se quiser fazer. Para a lista de 2018 três colaboradores se habilitaram. Eu, Márcio Jr. e Marcos Maciel de Almeida. Márcio e Marcos fizeram listas com dez títulos. Marcos colocou em ordem. Eu fui fominha e fiz 11 títulos. Eu e Márcio não colocamos em ordem. Tem de tudo aí nesse balaio: lançamentos, quadrinho nacional, BD, mangá, erótico, comics, romance gráfico, fumetti, era de ouro, etc. Para se ir lendo em partes, mas para se ler inteiro! Até 2020! (se tivermos mundo em 2020). (CIM)

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Obituário: Sergio Bonelli (1932-2011)






















Nesta segunda-feira, Tex trocou a camisa amarela por uma preta. Zagor deixou a machadinha em casa. Dylan Dog, Martin Mystère e Julia Kendall tiveram que postergar suas investigações. Quando ficaram sabendo da notícia, Mister No e Nathan Never cancelaram as aventuras do dia. Em sinal de respeito, esses e tantos outros personagens pararam o que estavam fazendo para lamentar a morte do amigo Sergio Bonelli. O escritor e editor italiano morreu na manhã de hoje, em Monza, de razões ainda não divulgadas. Tinha 78 anos.

Estou longe de ser o maior conhecedor de Tex (criado pelo desenhista Aurelio Gallepini em parecia com Gian Luigi Bonelli, pai de Sergio) ou mesmo dos heróis citados no parágrafo anterior. Mas se me deparo com um gibi da Bonelli tenho certeza de que será uma leitura satisfatória. E isso só seria possível graças ao trabalho desenvolvido ao longo de décadas por Sergio na editora que leva seu sobrenome.

Em tempos em que o marketing ditas as regras do jogo e um personagem é morto em um dia para ser ressuscitado no outro, o respeito que Sergio Bonelli tinha por suas criações e seus leitores se torna ainda mais louvável. Em sinal de respeito, a Raio Laser tira o seu chapéu. (PB)