RAPIDINHAS #20 - INDIE ROCK FEELINGS

RAPIDINHAS #20 - INDIE ROCK FEELINGS

Escrever sobre quadrinhos independentes ou de selos/editoras pequenas é um deleite porque essas obras não estão marcadas ainda pela apreciação e mercantilização do circuito viciado de influencers falando de gibi por aí. Assim como o rock virou uma espécie de mercado de nicho, direcionado para pessoas muito especializadas - porém, ressalto, sem dever para os gigantes nos ombros do quais eles andam (quer dizer: o rock de hoje é tão bom quanto o de sempre, porém nichado) -, os quadrinhos indie primam por maior experimentação, menos a perder, dedicação de fã (e não de estrela) e autores mais inteirados sobre o que está rolando por aí. Daí mais uma seleção bacanuda de indie rockers dos quadrinhos para os quais vale uma boa olhada, incluindo o gibi de Dona Dora “exposed” pela extrema direita no FIQ 2024. Ah, tem um gibi chinês da Comix Zone no meio aí, culpa do Márcio Jr., que demora demais pra entregar suas resenhas. (e tenho dito!) (CIM)

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Melhores leituras de 2019 #03: Ciro I. Marcondes

Melhores leituras de 2019 #03: Ciro I. Marcondes

por Ciro I. Marcondes

As listas da Raio Laser têm o propósito de servir como um diário de leitura e uma recapitulação das experiências com quadrinhos que os escribas desenvolveram ao longo do ano. Elas têm mais a ver, portanto, com o temperamento (e até com certa temperatura dos ânimos) do resenhista do que com um objetivo técnico de elencar melhores produções anuais. Aliás, como se sabe, nossas listas são um vale tudo que beiram a irresponsabilidade: se eu li um compilado de Blondie de 1940 e bolinha num pdf safado, tá valendo. O importante é, guardada a devida modéstia de um projeto não muito elaborado como esse, registrar certa individualidade que marcaria não só as escolhas dos gibis lidos, mas também o tom dos textos.

Dito isso, que a minha lista tenha, neste ano, um bem maior número de gibis lançados no Brasil em 2019, não é coincidência. A gente recebe um montão de coisas aqui, dando um certo direcionamento na pauta. Eu ainda mantinha uma coluna semanal sobre quadrinhos (a já saudosa ZIP) que me ajudava a cuidar de cobrir ao menos parte deste montante. Isso tudo tornou a lista um tanto quanto parecida com as listas mais normaizinhas. Espero ter colocado coração nestas pequenas resenhas. A pilha cresce, 2020 já chegou e as promessas da Raio são eternas. Não esqueçam de nós, teremos mais novidades. Obrigado aos nossos seletos leitores!

Como sempre, a lista vem sem ordem de importância. A única ordem é a da experiência sentimental ao me deparar com a profundidade destas narrativas.

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